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    Um clássico espiritual imortal

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    “Este livro mudará a vida de milhões de pessoas. Será meu mensageiro quando eu não estiver mais aqui.”

    Paramahansa Yogananda

    2021 marca o 75º aniversário de Autobiografia de um Iogue de Paramahansa Yogananda, um dos mais aclamados clássicos espirituais do mundo.

    Como história da vida de Paramahansa Yogananda — frequentemente referido como o Pai da Yoga no Ocidente —, este livro tocou o coração e a mente de milhões de pessoas em todo o globo. Traduzido em mais de 50 idiomas, tem sido um embaixador da antiga ciência Indiana da Yoga, apresentando a inúmeros leitores os métodos para alcançar a realização divina, que constituem a singular e permanente contribuição da Índia à civilização mundial.

    Saudado como obra-prima desde sua primeira publicação em 1946, este livro foi honrado em 1999 como um dos “100 melhores livros espirituais do século 20”. —Hoje, esta história de uma vida de grandeza inconfundível continua seu sucesso, abrindo para o público um domínio de conhecimento até então acessível apenas a poucos.

    Explore o Livro:

    Um apelo permanente e universal

    “Sri Yogananda escreveu na ‘Nota do autor’ da edição de 1951: “Fiquei profundamente comovido ao receber cartas de milhares de leitores. Seus comentários e o fato de que o livro foi traduzido em muitas línguas dão-me incentivo para acreditar que o Ocidente encontrou nestas páginas uma resposta afirmativa à pergunta: ‘Pode a antiga ciência da Yoga ter lugar e valor na vida do homem moderno?’”

    Com o passar dos anos, os “milhares de leitores” se converteram em milhões, o que evidenciou cada vez mais a atração universal e perene da Autobiografia de um Iogue. Sessenta anos depois da primeira edição, a obra ainda consta como best-seller nas listas de livros metafísicos e inspiradores. Excepcional fenômeno! A obra foi traduzida em muitos idiomas e atualmente é usada em universidades do mundo todo, em cursos de Filosofia, Religião Oriental, Literatura Inglesa, Psicologia, Sociologia, Antropologia, História e até Administração de Empresas. Conforme a previsão feita há mais de um século por Lahiri Mahasaya, a mensagem da Yoga e sua antiga tradição de meditação realmente deu a volta ao mundo.

    “Paramahansa Yogananda, como Gandhi, trouxe a espiritualidade à sociedade em geral.”

    “Talvez mais conhecido pela Autobiografia de um Iogue, que inspirou incontáveis milhões em todo o mundo”, escreve o periódico metafísico New Frontier (edição de outubro de 1986), “Paramahansa Yogananda, como Gandhi, trouxe a espiritualidade à sociedade em geral. É razoável afirmar que Yogananda fez mais para colocar a palavra ‘yoga’ em nosso vocabulário do que qualquer outra pessoa.”

    “Pode-se dizer que Yogananda é o pai da Yoga no Ocidente....”

    O respeitado acadêmico Dr. David Frawley, diretor do American Institute of Vedic Studies, ao escrever no periódico bimestral Yoga International (de outubro/novembro de 1996), declarou: “Pode-se dizer que Yogananda é o pai da Yoga no Ocidente — não a mera Yoga física que se tornou popular, mas a Yoga espiritual, a ciência da Autorrealização, que é o verdadeiro sentido da Yoga.”

    “…um Upanishad da nova era...”

    O professor Ashutosh Das, Ph.D., D.Litt., da Universidade de Calcutá, declara: “A Autobiografia de um Iogue é considerada como um Upanishad da nova era. (...) Tem aplacado a sede espiritual de milhares de buscadores da verdade em todo o mundo. Na Índia, observamos fascinados e maravilhados o crescimento fenomenal da popularidade deste livro sobre filosofia e santos indianos. Sentimos grande satisfação e grande orgulho no fato de o néctar imortal do Sanatana Dharma da Índia, as eternas leis da verdade, ter sido preservado no cálice de ouro da Autobiografia de um Iogue.”

    Aparentemente, até na ex-União Soviética o livro causou profunda impressão no número relativamente reduzido de pessoas que tiveram acesso a ele durante o regime comunista. O juiz V.R. Krishna Iyer, ex-magistrado do Supremo Tribunal indiano, conta da visita que fez a uma cidade próxima a São Petersburgo (naquela época Leningrado), quando perguntou a um grupo de professores “se já tinham pensado sobre o que acontece quando uma pessoa morre. (...) Um dos professores saiu rapidamente e voltou com um livro — Autobiografia de um Iogue. Fiquei surpreso. Num país governado pela filosofia materialista de Marx e Lenin, eis aqui um funcionário de instituto governamental que me mostra o livro de Paramahansa Yogananda! ‘Por favor, entenda que o espírito da Índia não nos é desconhecido’, ele disse. ‘Aceitamos a autenticidade de tudo o que está registrado no livro’.”

    “...um livro que abre janelas da mente e do espírito.”

    “Dentre os milhares de livros publicados anualmente”, concluiu um artigo no India Journal (21 de abril de 1995), “existem os que divertem, os que instruem e os que edificam. O leitor pode se considerar afortunado quando encontra um livro que reúne as três coisas. A Autobiografia de um Iogue é ainda mais raro — é um livro que abre janelas da mente e do espírito.”

    “…celebrado como um dos livros espirituais mais envolventes e esclarecedores já escritos.”

    Em anos recentes, o livro foi aclamado por donos de livrarias, resenhistas e leitores como um dos livros espirituais mais influentes da época contemporânea. Em 1999, durante um painel de escritores e estudiosos promovido pela editora Harper Collins, a Autobiografia de um Iogue foi escolhida como um dos “100 melhores livros espirituais do século 20”, e no seu 50 Spiritual Classics, publicado em 2005, Tom Butler-Bowden escreveu que o livro foi “justificadamente celebrado como um dos livros espirituais mais envolventes e esclarecedores já escritos.

    No capítulo final do livro Paramahansa Yogananda fala da profunda convicção afirmada por santos e sábios de todas as religiões ao longo dos tempos:

    “Deus é amor. Seu plano para a criação só pode estar enraizado no amor. Não oferece este simples pensamento mais consolo ao coração humano do que os raciocínios eruditos? Todo santo que penetrou no âmago da Realidade deu testemunho de que existe um plano universal divino e que ele é belo e pleno de alegria.”

    À medida que a Autobiografia de um Iogue completa 75 anos de existência, esperamos que todos os leitores desta obra inspiradora – tanto os que a encontram pela primeira vez quanto os que a consideram um velho e estimado companheiro no caminho da vida – descubram sua própria alma abrindo-se para um aprofundamento da fé na verdade transcendente que está no centro dos aparentes mistérios da vida.

    Origem e evolução

    A composição da Autobiografia de um Iogue foi profetizada há muito tempo

    A criação do livro foi profetizada há muito tempo. O venerado mestre do século 19, Lahiri Mahasaya, uma das figuras mais importantes do renascimento da Yoga nos tempos modernos, previu o seguinte: “Aproximadamente cinquenta anos após a minha morte, escrever-se-á um relato de minha vida, em virtude do profundo interesse pela Yoga que surgirá no Ocidente. A mensagem da Yoga rodeará o globo. Ajudará a estabelecer a fraternidade entre os homens baseada na percepção direta do Pai Único.”

    Lahiri  Mahasaya Used For Website

    Muitos anos depois, Swami Sri Yukteswar, eminente discípulo de Lahiri Mahasaya, contou a profecia a Sri Yogananda: “Você precisa fazer a sua parte na divulgação dessa mensagem e no relato escrito dessa vida sagrada”.

    Em 1945, exatamente 50 anos depois do falecimento de Lahiri Mahasaya, Paramahansa Yogananda terminou de escrever a Autobiografia de um Iogue, obra que cumpre os dois pedidos feitos por seu mestre: oferecer a primeira apresentação detalhada em inglês da admirável vida de Lahiri Mahasaya e divulgar no mundo inteiro a antiquíssima ciência espiritual da Índia.

    “Um relato da minha vida será escrito em virtude do profundo interesse pela Yoga que surgirá no Ocidente. A mensagem da Yoga rodeará o globo.”

    Lahiri Mahasaya

    A criação da Autobiogafia de um Iogue foi um projeto no qual Paramahansa Yogananda trabalhou por um período de muitos anos. Sri Daya Mata, uma de suas primeiras e mais próximas discípulas, lembra:

    “Quando vim para Mount Washington em 1931, Paramahansaji já tinha começado seu trabalho na Autobiografia. Uma vez, enquanto eu fazia algumas tarefas de escritório em seu estúdio, tive o privilégio de ver um dos primeiros capítulos que escreveu: o do ‘Swami Tigre’. Ele me pediu que o guardasse, explicando que faria parte de um livro que estava escrevendo. A maior parte do livro foi escrita mais tarde, entre 1937 e 1945.”

    De junho de 1935 a outubro de 1936, Sri Yogananda esteve na Índia (visitando antes a Europa e a Palestina) para se encontrar com seu guru Swami Sri Yukteswar pela última vez. Durante sua visita, ele compilou grande parte dos dados históricos para a Autobiografia, além de relatos sobre alguns dos santos e sábios que conheceu e a quem descreveria tão memoravelmente no livro. Mais tarde ele escreveu: “Nunca me esqueci do pedido de Sri Yukteswar para que eu escrevesse sobre a vida de Lahiri Mahasaya. Durante minha permanência na Índia, aproveitei todas as oportunidades para entrar em contato com discípulos diretos e parentes do Yogavatar. Registrando suas declarações em volumosas anotações, eu verificava datas e fatos, reunia fotografias, cartas antigas e documentos.”

    Depois de voltar aos Estados Unidos no final de 1936, Yogananda começou a passar grande parte do tempo no eremitério construído para ele durante sua ausência – em Encinitas, cidade ao sul da costa californiana. O eremitério foi o lugar ideal para se dedicar a terminar o livro iniciado anos antes.

    Py Writing  Ay At  Encinitas
    Paramahansa Yogananda escrevendo Autobiografia de um Iogue, Eremitério da SRF, Encinitas, 1938.

    “Sri Daya Mata conta: “Ainda lembro vividamente os dias passados naquele pacífico eremitério à beira-mar. Yoganandaji tinha tantas outras responsabilidades e compromissos que não podia trabalhar diariamente na Autobiografia; mas geralmente dedicava as noites ao trabalho no livro, bem como qualquer tempo livre de que dispusesse. Só no início de 1939 ou de 1940 é que conseguiu devotar tempo total ao livro. E era realmente ‘tempo total’ – começava de madrugada e terminava de madrugada! Um pequeno grupo de discípulas – Tara Mata; minha irmã, Ananda Mata; Sraddha Mata e eu – estávamos presentes para ajudá-lo. Depois que cada parte era datilografada, ele a entregava a Tara Mata, que desempenhava a tarefa de revisora.

    “Que preciosas lembranças! Conforme escreveu, ele revivia interiormente as sagradas experiências que registrava. Seu propósito divino era compartilhar a alegria e as revelações encontradas na companhia de santos e de grandes mestres e na própria percepção pessoal do Divino. Com frequência fazia uma pausa, com o olhar elevado e o corpo imóvel, arrebatado no estado de profunda comunhão com Deus denominado samadhi. O aposento inteiro enchia-se com uma aura de amor divino tremendamente poderosa. Para nós discípulos, o simples fato de estarmos presentes nessas horas significava a elevação a um estado superior de consciência.

    “Finalmente, em 1945, chegou o jubiloso dia do término do livro. Paramahansaji escreveu as palavras finais: ‘Senhor, Tu deste a este monge uma grande família!’; então pousou a caneta na mesa e exclamou alegremente:

    “‘Tudo pronto; terminei. Este livro mudará a vida de milhões de pessoas. Será meu mensageiro quando eu não estiver mais aqui’.”

    O papel de Tara Mata na publicação do livro

    Na época coube a Tara Mata a responsabilidade de encontrar uma editora para o livro. Paramahansa Yogananda a conheceu em 1924 em San Francisco, onde ele dava uma série de palestras e aulas. Dotada de extraordinária visão espiritual, ela passou a fazer parte do pequeno círculo de discípulos mais avançados de Paramahansaji. Ele tinha em alta conta as habilidades de revisora de textos de Tara Mata e costumava dizer que ela possuía uma das mentes mais brilhantes que conhecia. Ele apreciava os vastos conhecimentos e a profunda compreensão de Tara Mata sobre a sabedoria das escrituras sagradas da Índia. Certa ocasião afirmou: “Com exceção de meu grande guru, Sri Yukteswar, não há outra pessoa com quem eu tenha tanto prazer de conversar sobre a filosofia indiana.”

    Tara Mata levou o manuscrito para Nova Iorque, mas não foi fácil encontrar uma editora. Como frequentemente acontece, as pessoas de mentalidade convencional não conseguem reconhecer uma grande obra à primeira vista. Embora a recém-nascida idade atômica estivesse ampliando a consciência coletiva da humanidade com a crescente compreensão da sutil unidade entre matéria, energia e pensamento, os editores da época estavam mal preparados para publicar capítulos do teor de “A materialização de um palácio no Himalaia” e “O santo de dois corpos”!

    Durante um ano, Tara Mata viveu num apartamento mobiliado com coisas básicas, sem calefação ou água quente, enquanto visitava as editoras. Finalmente enviou um telegrama com uma boa notícia: a Philosophical Library, respeitável editora de Nova York, tinha aceitado publicar a Autobiografia de um Iogue. “É impossível tentar descrever o que ela fez por este livro. Se não fosse por ela, o livro não teria sido publicado”, disse Sri Yogananda.

    Pouco antes do Natal de 1946, os primeiros e tão aguardados exemplares da Autobiografia chegaram a Mount Washington.

    Profusão de elogios da crítica

    A obra foi recebida pelos leitores e pela imprensa internacional com uma profusão de elogios e expressões de apreciação. “Jamais houve, em inglês ou em qualquer outra língua europeia, algo como esta apresentação da Yoga”, comentou a Universidade de Colúmbia na Review of Religions. O jornal New York Times o qualificou como “um raro relato”, e a revista Newsweek informou: “O livro de Yogananda é mais uma autobiografia da alma do que do corpo (...). É um estudo fascinante, comentado com clareza, de um modo de vida religioso, engenhosamente descrito no exuberante estilo oriental”.

    Uma segunda edição foi logo preparada, e em 1951 uma terceira. Além de corrigir e atualizar partes do texto e de retirar trechos que tratavam de atividades e projetos administrativos que não vigoravam mais, Paramahansa Yogananda acrescentou o capítulo final (um dos mais longos do livro) que abrange o período de 1940 a 1951. Em nota de rodapé no novo capítulo, ele escreveu: “Com o acréscimo do capítulo 49, há muito material novo na terceira edição do livro (1951). Neste capítulo e a pedido de inúmeros leitores das duas primeiras edições, respondi a várias perguntas sobre a Índia, a Yoga e a filosofia védica.”

    Na sétima edição (1956) foram incluídas outras revisões realizadas por Paramahansa Yogananda, como indicado na “Nota da editora” que consta dessa edição. Todas as edições atuais da Self-Realization Fellowship incluem os desejos de Yogananda quanto ao texto definitivo do livro.

    Evolução após a primeira edição de 1946

    As edições da Self-Realization Fellowship são as únicas que incluem todos os desejos do autor no tocante ao texto definitivo da Autobiografia de um Iogue, por ele manifestados pessoalmente à revisora que cuidou de seus livros de 1924 até seu falecimento em 1952, e à qual ele confiou todos os assuntos relacionados à publicação da obra.

    Os leitores da Autobiografia de um Iogue às vezes perguntam quais as diferenças entre a edição atual e a primeira edição de 1946.

    Durante a vida de Paramahansaji foram lançadas três edições de sua Autobiografia. Na terceira, publicada em 1951, ele fez algumas mudanças significativas: revisou o texto minuciosamente, suprimiu vários trechos, expandiu outros assuntos e acrescentou um novo capítulo final, “O período de 1940 a 1951”, um dos maiores do livro. Algumas correções feitas por ele após a terceira edição só foram incorporadas ao texto na sétima edição, que entrou em circulação em 1956.

    A seguinte “nota da editora” na sétima edição da Autobiografia de um Iogue comunicava o que o autor desejava para o livro:

    • “A edição americana de 1956 contém revisões feitas por Paramahansa Yogananda em 1949 para a publicação de seu livro em Londres, Inglaterra, além de revisões feitas pelo autor em 1951. Em ‘Nota da edição londrina’, datada de 25 de outubro de 1949, Paramahansa Yogananda escreveu: ‘Os ajustes para a edição londrina do livro deram-me a oportunidade de revisar e aumentar um pouco o texto. Além do novo material no último capítulo, acrescentei várias notas de rodapé, nas quais respondo a perguntas feitas pelos leitores da edição americana.’
    • “Revisões posteriores, feitas pelo autor em 1951, deveriam aparecer na quarta edição americana (1952). Naquela época, os direitos da Autobiografia de um Iogue pertenciam a uma editora de Nova Iorque. Em 1946, a editora tinha gravado todas as páginas do livro em eletrótipos. Em consequência deste processo, até o acréscimo de uma vírgula exige que a chapa de metal da página inteira seja cortada e ressoldada com a nova frase contendo a vírgula em questão. Devido aos custos envolvidos no processo de ressoldagem das chapas, a editora não incluiu na quarta edição as revisões feitas pelo autor em 1951.
    • “No final de 1953, a Self-Realization Fellowship (SRF) adquiriu da editora novaiorquina todos os direitos da Autobiografia de um Iogue. A SRF reimprimiu o livro em 1954 e 1955 (quinta e sexta edições), mas, durante esses dois anos, outros compromissos impediram que o departamento de publicações da SRF assumisse a formidável tarefa de incorporar as revisões do autor aos clichês. Entretanto, o trabalho foi feito em tempo de ser incluído na sétima edição.”

    Todas as mudanças, exclusões e acréscimos entre 1946 e 1956 foram feitos a pedido de Paramahansaji. Para as revisões editoriais posteriores – de menor importância em todos os casos – seguimos as diretrizes dadas por ele antes de seu falecimento a Tara Mata, que durante muito tempo foi a pessoa que revisou e editou seus escritos. Ela trabalhou com ele por mais de 25 anos e Yoganandaji nela depositava total confiança para que as publicações póstumas de seus escritos fossem feitas conforme suas instruções.

    Como Paramahansaji previu claramente que no decurso dos anos o livro alcançaria um público cada vez maior, ele instruiu os editores para acrescentar o que fosse preciso – notas de rodapé adicionais, fotografias, textos sob as fotos, etc. – de modo a manter o livro atualizado.

    As mudanças realizadas desde 1956 consistem em ajustes editoriais a que qualquer outro livro seria submetido normalmente em edições posteriores, ao longo de várias décadas de reimpressão (por exemplo: atualizar a lista de outros livros do mesmo autor; acrescentar notas de rodapé de utilidade para o leitor atual, indicando que se trata de notas da editora e não do autor; outras fotos do autor e de suas atividades; mudanças necessárias nas capas e contracapas, etc.).

    Nas primeiras edições da Autobiografia de um Iogue, o título do autor aparecia como “Paramhansa”, segundo o costume bengali de omitir a letra “a” por escrito quando seu som é mudo ou parcialmente mudo. Para assegurar que fosse conhecido o significado sagrado deste título de origem védica, em edições posteriores foi usada a transliteração sânscrita padrão, a saber: “Paramahansa”, palavra derivada de parama (superior ou supremo) e hansa (cisne), que denota um ser humano que alcançou a realização suprema de seu verdadeiro Eu divino e de sua unidade com o Espírito.

    As edições atuais da Autobiografia de um Iogue da Self-Realization Fellowship contêm 20 páginas adicionais de fotos de Paramahansa Yogananda e de outros assuntos do livro, obtidas nos arquivos da organização com o fim de dar ao leitor interessado uma visão mais ampla do autor e de suas atividades.

    Histórias Contadas por Discípulos Diretos

    Como discípulos de Paramahansa Yogananda descobriram a Autobiografia de um Iogue

    Em dezembro de 1946, a editora de Nova Iorque enviou os primeiros exemplares da Autobiografia de um Iogue para a sede internacional da Self-Realization Fellowship. Em 1996, com a comemoração do cinquentenário da primeira edição, alguns dos discípulos de Paramahansa Yogananda recordaram as circunstâncias em que conheceram o livro e o impacto que sentiram. Foram os primeiros a sentir a sabedoria, o amor divino e a visão transformadora que as páginas do livro irradiam – páginas que desde aquela época vêm mudando a vida de milhões de pessoas.

    Sri Daya Mata

    Paramahansaji trabalhou na redação da Autobiografia de um Iogue durante muitos anos. Quando vim para Mount Washington em 1931, Paramahansaji já tinha começado seu trabalho na Autobiografia. Uma vez, enquanto eu realizava algumas tarefas de escritório em seu escritório, tive o privilégio de ver um dos primeiros capítulos que escreveu: o do “Swami Tigre”. Ele me pediu que o guardasse, explicando que faria parte de um livro que estava escrevendo. A maior parte do livro foi escrita mais tarde, entre 1937 e 1945.

    Paramahansaji Yoganandaji tinha tantas outras responsabilidades e compromissos que não podia trabalhar diariamente na Autobiografia; mas geralmente dedicava as noites ao trabalho no livro, bem como qualquer tempo livre de que dispusesse. Um pequeno grupo de discípulas – Tara Mata; minha irmã, Ananda Mata; Sraddha Mata e eu – estávamos presentes para ajudá-lo. Depois que cada parte era datilografada, ele a entregava a Tara Mata, que desempenhava a tarefa de revisora.

    Um dia, enquanto trabalhava na autobiografia, o Guru nos disse: “Quando eu abandonar o mundo, este livro mudará a vida de milhões de pessoas. Será meu mensageiro quando eu não estiver mais aqui.”

    Ao terminar o manuscrito, a responsabilidade de encontrar uma editora foi entregue a Tara Mata, que levou o livro para Nova York. Paramahansaji tinha em alta estima a capacidade e os conhecimentos de Tara Mata para revisar e corrigir textos e era comum elogiá-la abertamente. Ele disse: “É impossível tentar descrever o que ela fez por este livro. Ela estava gravemente doente antes de ir para Nova Iorque; mesmo assim, fez a viagem. Se não fosse por ela, o livro não teria sido publicado.”

    Não há palavras que descrevam a alegria e felicidade de Gurudeva quando viu a obra terminada. Ele dedicou um exemplar a cada um dos muitos devotos que viviam nos ashrams. Como eu tinha ajudado a datilografar o manuscrito, quando recebi meu exemplar já sabia que se tratava de uma obra imortal, um livro que pela primeira vez revelava algumas verdades ocultas à maioria das pessoas; verdades nunca antes apresentadas de modo tão diáfano e inspirador. Nenhum outro autor havia explicado conceitos como a lei dos milagres, reencarnação, karma, vida após a morte e outras verdades maravilhosas com a mesma clareza de Guruji.

    Hoje em dia, como reagiria ele com o êxito do livro? Sem dúvida ficaria humildemente comovido ao ver que a Autobiografia de um Iogue chegou a todos os cantos do mundo; as pessoas de todas as idades, das mais diferentes culturas, raças e religiões, e que foi acolhido com muitos elogios e enorme entusiasmo ao longo dos últimos 50 anos. Guruji nunca foi convencido. Em absoluto. Mas nem por isso deixava de reconhecer o valor do que tinha escrito, pois sabia que era a expressão da Verdade.

    Tara Mata

    Py Ay Stories Of Direct Disciples Tara Mata
    Py Letter To Lauri Pratt
    Dedicatória no exemplar da Autobiografia de um Iogue que Paramahansaji presenteou a Tara Mata (Laurie Pratt). Nos “Agradecimentos do autor”, ele presta homenagem ao trabalho editorial de Tara Mata, e na dedicatória atesta o valor do magnífico serviço prestado pela estimada discípula.

    Para a nossa Laurie Pratt,

    “Que Deus e os Gurus sempre a abençoem pelo papel de amor e coragem que você desempenhou na realização deste livro. P.Y.”

    “Finalmente a sagrada fragrância de Deus, de meus gurus e dos mestres brotou das portas secretas de minha alma, após superar inúmeros obstáculos e graças aos constantes esforços de Laurie Pratt e de outros discípulos. Toda a lenha das dificuldades ardeu na chama eterna da bem-aventurança.”

    Mrinalini Mata

    Numa tarde, no final do ano de 1946, nós, os devotos mais jovens, estávamos na cozinha do eremitério de Encinitas cumprindo nossos deveres quando de repente Gurudeva apareceu na porta. Paramos imediatamente as atividades. Seu imenso sorriso chamava a atenção e percebemos que em seus olhos havia um brilho mais bonito que o habitual. Suas mãos estavam atrás das costas, como se estivesse escondendo ‘alguma coisa’. Chamou os que estavam mais longe e quando chegamos todos bem perto, mostrou o tesouro escondido: um exemplar de seu livro, a Autobiografia de um Iogue, que havia chegado. Nossas exclamações mal conseguiam expressar a imensa alegria que sentimos ao ver finalmente a tão esperada obra que contava sua vida na Índia entre grandes santos e sábios, histórias que tantas vezes haviam cativado nossa atenção nas preciosas horas passadas em sua companhia. Ele mostrou algumas páginas, deixando a ilustração de Mahavatar Babaji por último. Quase sem respirar, manifestamos nosso respeito. Sabíamos que era uma grande bênção sermos os primeiros a contemplar a imagem de nosso Param-Param-Paramguru.

    No início de dezembro fomos chamados a Mount Washington para desembrulhar as volumosas caixas enviadas pela editora e preparar a remessa para centenas de devotos que aguardavam ansiosamente o livro. Com várias semanas de antecedência, nas horas livres já tínhamos datilografado os endereços em etiquetas adesivas, usando a velha máquina de escrever. Colocamos mesas enormes no escritório (tábuas simples apoiadas em cavaletes) e formamos uma espécie de linha de montagem: o papel de embrulho vinha num rolo imenso e tínhamos que cortá-lo à mão, na medida certa para embrulhar livro por livro. Depois colávamos em cada pacote a etiqueta e os selos, previamente umedecidos numa esponja molhada. Naquela época não tínhamos máquinas para embalagem ou selagem automática! Mas que alegria participar de um acontecimento que seria inesquecível para a história da Self-Realization Fellowship! O mundo inteiro conheceria nosso abençoado Mestre através deste sublime embaixador.

    Na sala de estar do segundo piso, Gurudeva sentou-se diante da mesa e assinou todos os livros. Fez isso durante muitas horas, sem parar, sem descansar. Os livros eram tirados das caixas, abertos e colocados à sua frente, num fluxo incessante de autógrafos e de várias canetas-tinteiro que iam ficando vazias.

    Já era tarde quando ele me mandou subir. Continuava assinando os livros. Os discípulos mais velhos insistiam para que descansasse um pouco, mas ele continuou até a última assinatura, que colocou junto com uma bênção no último livro daquela remessa. Seu rosto resplandecia com a expressão mais venturosa que se possa imaginar, como se através das páginas ele enviasse uma parte de si mesmo e de seu amor por Deus – e isso não deveria tardar nem um segundo a mais.

    Com alegria inefável nos sentamos a seus pés e meditamos até altas horas da madrugada. Cada um de nós havia recebido das mãos do Mestre um exemplar do precioso tesouro. Muitíssimos livros já estavam preparados para o envio pelo correio no dia seguinte ou tinham sido embrulhados para serem levados aos templos de Hollywood e San Diego. A Autobiografia de um Iogue se encaminhava assim a seu destino divino, levando as bênçãos do Guru e seu amor a Deus a milhões de almas buscadoras.

    Sailasuta Mata

    Paramahansaji escreveu a maior parte da Autobiografia de um Iogue – projeto que levou vários anos para completar – no eremitério de Encinitas. Naquela época havia poucos discípulos residindo ali e eu estava entre eles.

    Guruji trabalhava em seu apartamento com a ajuda de Daya Mata e Ananda Mata como secretárias; elas escreviam à máquina ou taquigrafavam o que o Mestre ditava. Lembro que em algumas ocasiões ele passava a noite toda ditando e às vezes também entrava no dia seguinte e por aí vai. Minha tarefa era principalmente outra: eu devia preparar a comida para que eles pudessem trabalhar sem interrupção!

    Quando os primeiros exemplares da Autobiografia de um Iogue chegaram da editora, houve grande alegria entre nós. Guruji queria que mandássemos logo o livro a todas as pessoas que o tinham encomendado com antecedência! Foi assim que, depois dos primeiros momentos de alegria, ficamos atarefados preparando os muitos pedidos pendentes. Irmã Shila e eu embrulhamos muitos livros, selamos os pacotes e deixamos tudo preparado. Depois fomos até o carro, abrimos o porta-malas e todas as portas e o enchemos até em cima. Então levamos os pacotes ao Correio Central de Los Angeles. Estávamos muito contentes. Finalmente a Autobiografia de um Iogue estaria disponível para todos, em qualquer lugar!

    Brother Bhaktananda

    Em 1939, pouco tempo depois de eu entrar para o ashram, Paramahansaji conversava com alguns de nós no saguão do edifício da sede central em Mount Washington. Ele comentou que Deus lhe havia revelado que durante seu tempo de vida na Terra ele teria que escrever certos livros e que depois de escrevê-los sua missão estaria cumprida. Um deles era a Autobiografia de um Iogue. Quando o livro foi publicado, eu o li do começo ao fim em poucos dias. Achei o livro maravilhoso e inspirador! Lembro que já naquela época pensei que o livro teria um papel importante no trabalho de despertar o interesse pelos ensinamentos de Paramahansaji. Até agora só vimos a ponta do iceberg.

    Uma Mata

    Quando conheci Paramahansa Yogananda em 1943, eu tinha 9 anos. Meu pai era membro da Self-Realization Fellowship e assistia regularmente aos serviços do templo de San Diego. Ele era muito reservado e nunca tentou convencer ninguém de suas crenças, nem mesmo a mim; jamais me mostrou o exemplar da Autobiografia de um Iogue que tinha recebido de presente de Paramahansaji. Quando descobri o livro por acaso em 1947, demorei um pouco para lê-lo, pois eu era bem jovem e havia palavras muito complicadas! Apesar disso, desde o primeiro momento, o livro foi um refúgio para mim, um bálsamo para a alma. (...) Acima de tudo, a Autobiografia de um Iogue nos mostra que é possível conhecer a Deus.

    Mukti Mata

    Lembro-me muito bem do meu primeiro Natal no ashram em 1946. Paramahansaji tinha terminado de escrever a Autobiografia de um Iogue e deu um exemplar de presente a cada um dos residentes. As páginas do livro refletiam com muita força a personalidade viva e encantadora de nosso Guru – o amor e a alegria que sentíamos quando estávamos em sua presença. Que inspiração sentíamos ao ouvir pessoalmente os relatos de vários episódios do livro! Agora, através dessas páginas, muitas outras pessoas também poderiam encontrar inspiração.

    Sister Parvati

    Lembro claramente quando a Autobiografia de um Iogue foi lançada. Algum tempo depois, pedi a Paramahansaji que escrevesse um pensamento em meu livro. Ele escreveu: “Encontre o Infinito oculto no altar destas páginas”. Sempre que preciso de algo específico, abro a Autobiografia ao acaso e vejo um trecho que não me lembro de ter lido antes! E de um modo ou outro sempre trata exatamente do tema que preciso no momento. Mesmo que eu não saiba onde procurar, o certo é que diante de meus olhos surge o que estou precisando naquele momento. Comprovei que o conselho do Mestre é totalmente certo: é possível encontrar o Infinito oculto no altar dessas páginas.

    Brother Anandamoy

    Quando eu tinha 13 ou 14 anos, passei as férias de verão na casa de uns tios que viviam no subúrbio de Winterthur, uma das principais cidades da Suíça. Meu tio tocava em uma orquestra sinfônica, mas ele também estava de férias e aproveitou aqueles dias para cuidar de seu vasto jardim, tendo a mim como ajudante. Ele não tinha filhos e por isso se interessava por mim e por minha educação. Enquanto trabalhávamos no jardim, tínhamos longas conversas. Meu tio se interessava muito por filosofia oriental. Totalmente concentrado, eu escutava suas explicações sobre karma, reencarnação, plano astral e causal, especialmente quando ele elogiava os grandes mestres – grandes santos – iluminados.

    Ele falava de Buda, que havia atingido este abençoado nível, e de outros santos. Falava de tal modo que despertou em mim o profundo desejo de seguir aquele exemplo. Lembro que na época eu repetia, de tempos em tempos: “iluminação, iluminação”. É claro que eu não entendia muito bem o significado da palavra, mas sentia que era algo muito superior ao que qualquer homem comum podia conseguir, independentemente de suas conquistas materiais ou artísticas. Perguntei a meu tio como poderia alcançar esse estado, mas ele não sabia; só sabia que era necessário meditar e ter um guru que conhecesse tudo. Quando manifestei meu ardoroso desejo de conhecer um guru, meu tio sacudiu a cabeça com pena e disse, sorrindo: “Pobre menino! Na Suíça não existem gurus!”

    Então comecei a orar a Deus pedindo um guru. Eu ansiava tanto por um mestre espiritual que quando voltei para minha cidadezinha eu passava muitas horas na estação de trem esperando que “ele” chegasse. Mas nada aconteceu.

    Depois de receber o diploma da escola secundária, trabalhei dois anos na loja de meus pais – dois frustrantes anos. Depois comecei minha carreira em Arte. Naquela época eu havia perdido todo o interesse pela filosofia hindu, pois parecia impossível encontrar um guru. Três anos depois, tive a oportunidade de ampliar meus estudos com Frank Lloyd Wright, famoso arquiteto americano.

    Poucos dias depois de chegar aos Estados Unidos fui visitar outro tio, que havia emigrado da Suíça na década de 1920. Conversamos e em certo momento ele falou da filosofia hindu. Quando comentei que anos atrás eu tinha me interessado pelo tema, seus olhos se iluminaram e ele me levou a seu escritório. Pegou um exemplar da Autobiografia de um Iogue e mostrou a foto de Paramahansa Yogananda na capa. Perguntou se eu já tinha ouvido falar dele. Quando respondi que não, ele disse: “É o homem mais extraordinário que já conheci. Um verdadeiro mestre!”

    “Surpreso, exclamei: “Você o conhece? Onde ele está? Nos Estados Unidos!?”

    “Meu tio respondeu: “Sim, ele mora em Los Angeles”. E me contou que pouco depois de chegar aqui tinha assistido a uma série de aulas e palestras de Paramahansaji. E pensar que nos anos em que eu ansiava por um guru meu tio havia conhecido um verdadeiro mestre e tinha ouvido seus ensinamentos!

    Li avidamente o livro. Foi um milagre. Fiquei tão fascinado que não percebi que aquele simples fato era um milagre, pois meus conhecimentos de inglês não eram suficientes para ler um livro. Pouco tempo antes eu havia tentado ler algumas páginas da autobiografia de Frank Lloyd Wright e tinha sido em vão; só depois de estudar inglês durante um ano é que consegui. Mas não tive dificuldade nenhuma para ler a Autobiografia de um Iogue do início ao fim.

    Foi então que soube no fundo do coração que tinha encontrado o que queria. Resolvi estudar os ensinamentos de Paramahansa Yogananda para encontrar Deus.

    Alguns meses depois de aprender um pouco mais de inglês, consegui ir a Los Angeles. Tinha esperança de ver o Mestre. Quando entrei nos jardins da Sede Central fui rodeado por uma paz indizível... era uma coisa que eu jamais havia sentido antes, em nenhum outro lugar. Eu sabia que estava pisando em terreno sagrado.

    No domingo de manhã fui ao serviço de Paramahansaji no Templo de Hollywood. Foi a primeira vez que o vi em pessoa. Uma experiência inesquecível! Quando terminou, o Mestre sentou-se numa poltrona e a maioria dos presentes foi cumprimentá-lo. Não tenho palavras para expressar o que senti enquanto esperava na fila. Por fim, quando cheguei à sua frente, ele colocou minhas mãos entre as suas; olhei em seus olhos, profundos e radiantes, que me olhavam com muita ternura. Não dissemos uma só palavra. Mas logo me senti pleno de uma bem-aventurança indescritível que chegou a mim através de suas mãos e de seu olhar.

    Saí do templo meio tonto e caminhei pela Sunset Boulevard. Estava tão eufórico que não conseguia caminhar direito. Eu cambaleava como se estivesse embriagado. Além disso, dava gargalhadas porque estava transbordando de alegria. As pessoas que iam à minha frente na calçada se viravam e me olhavam, e as pessoas que vinham em minha direção desviavam, sacudindo a cabeça com reprovação pelo espetáculo de embriaguez que acreditavam estar vendo num domingo de manhã. Nada disso me importava. Eu nunca tinha me sentido tão feliz.

    Pouco tempo depois entrei como monge para o ashram da Self-Realization Fellowship.

    Brother Premamoy

    Irmão Premamoy foi monge da ordem monástica da Self-Realization Fellowship por mais de 35 anos. Durante muitos anos e até seu falecimento em 1990, ele cuidou do treinamento espiritual da comunidade monástica da SRF. A seguinte história foi contada por ele a um grupo de monges.

    Ele nasceu na Eslovênia. Pertencia a uma família aristocrática – com parentes na realeza e em outras famílias influentes do país – mas teve que partir para o exílio quando o partido comunista subiu ao poder no fim da Segunda Guerra Mundial. Em 1950, o Departamento de Assuntos Exteriores dos Estados Unidos ofereceu-lhe a oportunidade de entrar no país como imigrante.

    No outono do mesmo ano, pouco antes de ele embarcar para Nova Iorque, uma velha amiga da família – Evelina Glanzmann – lhe deu um presente de despedida. Pelo tamanho do pacote ele pensou que fosse uma caixa de bombons. No navio, abriu o presente para dividi-lo com os companheiros de viagem, mas qual não foi sua surpresa ao encontrar um livro, a Autobiografia de um Iogue.

    Ele ficou muito emocionado com o presente, mas nem por isso sentiu vontade de ler o livro. Em pequeno ele tinha sido um leitor insaciável, mas não mais. (Mais tarde ele disse que tinha lido a maioria dos livros antes dos 15 anos.) Por outro lado, a filosofia oriental não lhe era totalmente desconhecida: na adolescência havia apreciado a leitura do Bhagavad Gita e tinha memorizado praticamente o livro todo. Por isso, ao ver o assunto da Autobiografia de um Iogue, sua primeira reação foi: “Não vou ler... não quero me prender!”

    Depois de se instalar nos Estados Unidos ele entrou para o mundo dos negócios e logo recebeu uma oferta para o cargo de assistente pessoal do Secretário Geral das Nações Unidas, Dag Hammarskjöld (ele deixou o cargo antes de ir para a Califórnia). Os meses passavam e a Autobiografia de um Iogue continuava fechada na estante de sua casa em Nova Iorque. Mas a sra. Glanzmann, que era a tradutora da obra para o italiano, perguntou-lhe várias vezes sua opinião sobre o livro. Ainda assim, ele não se animava a ler. Até que um dia ela lhe escreveu: “Diga que gosta ou que não gosta, mas diga alguma coisa!” Por acaso era 6 de março, dia de seu aniversário, e ele estava refletindo sobre o que fazer da vida. Com ar pensativo, pegou o livro e começou a ler.

    Entusiasmado, leu tudo de uma só vez. Compreendeu que o autor, Paramahansa Yogananda, tinha uma percepção espiritual muito superior a qualquer outra pessoa que já havia conhecido, e decidiu escrever-lhe.

    A última coisa que podia imaginar quando colocou a carta no correio era que o Guru estava no penúltimo dia de sua vida na Terra. Só soube disso algum tempo depois, quando recebeu a resposta de Sri Daya Mata.

    Os meses se passaram, mas nem o livro nem seu autor saíam de seu pensamento. Quando o verão chegou, ele decidiu ir a Los Angeles para conhecer melhor os ensinamentos de Paramahansaji. Quando entrou nos jardins da Sede Central da Self-Realization Fellowship, um desconhecido de aparência jovial e sorriso radiante o abraçou afetuosamente, como se ele fosse um amigo há muito esperado e que agora era calorosamente recebido. Não falaram uma só palavra. Mais tarde, quando ele foi apresentado a seu novo “velho amigo”, soube que era Rajarsi Janakananda, o então presidente da Self-Realization Fellowship!

    Foi assim que o livro que Paramahansaji denominou seu “mensageiro” mais uma vez exerceu um efeito mágico, pois a partir daquele momento foi claramente estabelecido o curso que a vida de Irmão Premamoy iria seguir.

    Sister Shanti

    Em 1952, eu trabalhava como secretária do vice-diretor do Hotel Ambassador de Los Angeles, na Wilshire Street. Era um trabalho fascinante num ambiente seleto, que me permitia conhecer algumas personalidades de fama mundial. Mas nunca imaginei que um simples nome falado em meus ouvidos pudesse causar tanto impacto em minha vida.

    No dia 6 de março, o secretário de um produtor de filmes telefonou para o hotel e deixou um recado para Paramahansa Yogananda. Este nome ecoou em meu peito como um sino e minha cabeça começou a rodar; ao mesmo tempo, fui preenchida por imensa bem-aventurança. Um pouco cambaleante, fui até a recepção para transmitir a mensagem. Ali me informaram que o embaixador da Índia e sua comitiva estavam hospedados no hotel, mas não havia ninguém registrado com o nome que eu mencionava. Voltei para meu escritório e as palavras “Paramahansa Yogananda” continuavam girando em minha cabeça – e produziam um sentimento cada vez maior de amor e felicidade. Depois de alguns momentos, o produtor de cinema voltou a telefonar e perguntou: “Para quem era o recado que meu secretário lhe passou há pouco?” Respondi: “Para Paramahansa Yogananda”. Ele exclamou: “Bem me pareceu ter ouvido isso! Mas não é para ele o recado e meu secretário sabe disso. Na verdade, ele nem sabe por que falou tal nome!”

    Durante o resto do dia permaneci com uma rara sensação de percepção interna e também com a impressão de estar profundamente unida a esse nome. Veio o dia 7 de março, dia fatídico do mahasamadhi de Paramahansa Yogananda. Li a notícia no jornal um dia depois e senti como se tivesse perdido meu melhor amigo. Para mim foi uma notícia demolidora, como se minha vida acabasse de repente! Eu só conseguia pensar: “Ele se foi! Eu o esperei a vida toda e agora ele se foi!” Mas eu não sabia muito bem por que pensava isto, pois na verdade eu nunca havia procurado nenhum mestre nem tratado de seguir um caminho espiritual. Mesmo assim, no fundo do coração eu sabia que certamente havia perdido a pessoa mais importante na minha vida.

    A partir daquele momento, a vida ordenada e muito agradável que eu levava não me interessou mais. Cancelei imediatamente alguns planos importantes, me afastei dos amigos e comecei minha busca através da leitura. Nem por um momento pensei em verificar se Paramahansa Yogananda havia escrito alguma coisa. Eu simplesmente lamentava sua partida e a falta de oportunidade de tê-lo conhecido. Li quatro livros sobre metafísica que retirei da biblioteca pública de Hollywood e que não saciaram a profunda necessidade da minha alma. Voltei à biblioteca para procurar mais no mesmo setor. Minha mãe, um pouco contagiada por meu fervor, me acompanhou. Pois bem: quando cheguei ao final da seção de metafísica, que eu achava que já havia examinado com todo o cuidado, de repente caiu um livro vindo de uma estante mais alta: atingiu minha cabeça e caiu no chão. Minha mãe o pegou e me mostrou, com um suspiro: Autobiografia de um Iogue, de Paramahansa Yogananda. Ali estava, diante de mim, o nome pelo qual meu coração ansiava e o rosto cujo olhar ia até o fundo da alma!

    Eu lia o livro de noite e minha mãe de dia, enquanto eu estava no trabalho. Talvez “ler” não seja a melhor palavra para descrever como nos absorvemos na experiência de entrar no mundo da verdade: a origem da vida, o discipulado, a ciência da Kriya Yoga... tudo era explicado claramente na Autobiografia de um Iogue.

    Assistimos a um serviço no templo de Hollywood e senti a mesma “presença” dinâmica que me envolveu quando ouvi o nome do Guru pela primeira vez pelo telefone. Quando terminou o serviço, Mira Mata nos cumprimentou gentilmente, conversou um pouco e sugeriu que eu fosse até Mount Washington conhecer sua filha, Mrinalini Mata. Na Sede Central ouvimos falar da ordem monástica e... pela terceira vez, fiquei “encantada”! Primeiro por Paramahansa Yogananda, depois pela Autobiografia de um Iogue e agora pelo ideal de uma vida de renúncia entregue unicamente a Deus.

    Contei o que havia acontecido comigo no dia 6 de março quando ouvi o nome de Paramahansa Yogananda pela primeira vez, isto é, o efeito que seu nome havia causado em mim. Soube que naquela hora ele havia estado no Hotel Ambassador, num café da manhã em homenagem ao embaixador da Índia, Sua Excelência Binay R. Sen. O evento tinha sido no salão ao lado do meu escritório. Quando atendi o telefonema e escutei seu nome, o Mestre estava sentado exatamente do outro lado da parede onde ficava encostada minha mesa de trabalho.

    O Guru chama os “seus” com sua magnífica autobiografia. Alguns levam muito tempo para perceber isso e precisam de uma pancada na cabeça, como no meu caso! Mas felizes são os muitíssimos que escutam sua voz e respondem a seu toque de clarim.

    Comentários e Resenhas Importantes

    Comentários sobre a Autobiografia de um Iogue

    "Como relato de uma testemunha ocular das extraordinárias vidas e poderes dos santos hindus modernos, o livro tem, simultaneamente, valor oportuno e intemporal. (…) Seu invulgar documento biográfico é certamente uma das maiores revelações até hoje publicadas no Ocidente sobre (…) a riqueza espiritual da Índia."

    — W. Y. Evans-Wentz, M.A., D.Litt., D.Sc.,



    Célebre erudito e autor de vários livros sobre religiões orientais" Estou agradecido ao senhor por ter me proporcionado um vislumbre deste mundo fascinante."

    — Thomas Mann
    Prêmio Nobel


    " Pouquíssimos livros causaram mais impacto na teologia popular do que a Autobiografia de um Iogue de Paramahansa Yogananda

    — Phyllis A. Tickle,
    Autor de God-Talk in America


    "Na célebre Autobiografia de um Iogue [de Yogananda], ele oferece uma impressionante descrição da ‘consciência cósmica’ alcançada nos níveis superiores da prática iogue, bem como perspectivas variadas e interessantes da natureza humana sob o ponto de vista da Yoga e dos Vedas."

    — Robert S. Ellwood, Ph.D.,
    Decano da Faculdade de Religião, Universidade do Sul da Califórnia


    " Elogiada com justiça como uma das obras espirituais mais interessantes e esclarecedoras que já foram escritas.

    — Tom Butler-Bowdon,
    Autor de 50 Spiritual Classics: Timeless Wisdom from 50 Great Books of Inner Discovery, Enlightenment & Purpose


    "Um dos relatos biográficos mais encantadores, simples e reveladores (...) um autêntico tesouro de conhecimentos. As grandes personalidades que encontramos nestas páginas (...) voltam à nossa lembrança como amigos dotados de vasta sabedoria espiritual e um dos maiores é o próprio autor, um ser cheio de embriaguez divina."

    — Dr. Anna von Helmholtz-Phelan,
    Professora de Inglês, Universidade de Minnesota


    "Década após década a Autobiografia de um Iogue é um dos livros que mais vendemos. Outros livros são relegados ao esquecimento depois de algum tempo, mas este perdura, porque a investigação crítica ao longo dos anos demonstrou que de modo comovente e sublime ele abre o caminho para a realização espiritual."

    — Bodhi Tree Bookstore, Los Angeles


    "Mantenho exemplares da Autobiografia de um Iogue espalhados pela casa e constantemente a dou de presente a pessoas que precisam mudar de vida. Eu digo: Leia isto, porque este livro toca o coração de todas as religiões."

    — George Harrison


    " Li a Autobiografia de um Iogue pela primeira vez nos anos de 1970. (...) Esta obra me iniciou no caminho da Yoga, da meditação e da investigação interior, caminho que continuo trilhando até hoje."

    — Jack Canfield,
    Coautor da série Chicken Soup for the Soul®



    "A Autobiografia de um Iogue é considerada como um Upanishad da nova era. (...) Aplacou a sede espiritual de milhares de buscadores da verdade em todo o mundo. Na Índia, observamos fascinados e maravilhados a fenomenal difusão da popularidade deste livro sobre filosofia e santos indianos. Sentimos grande satisfação e grande orgulho no fato de o néctar imortal do Sanatana Dharma da Índia, as eternas leis da verdade, ter sido preservado no cálice de ouro da Autobiografia de um Iogue."

    — Dr. Ashutosh Das, M.A., Ph.D., D.Litt.,
    Professor,Universidade de Calcutá


    "Há grande número de livros em línguas ocidentais que explanam a filosofia indiana, especialmente a Yoga, mas nenhum revela de modo mais autêntico as experiências de um ser humano que vive e personifica esses princípios."

    — Dr. Kurt F. Leidecker,
    Professor de Filosofia da Universidade da Virginia


    "Encontrei Paramahansa Yogananda em duas ocasiões na década de 1930 – eu era um menino. (...) Vinte anos depois alguém me deu de presente um exemplar da Autobiografia de um Iogue. (...) A partir do momento em que comecei a ler, senti seu impacto. (...) Já li muitos livros sobre Yoga escritos por iogues, mas nenhum me causou impressão tão favorável quando este. Ele é realmente mágico."

    — Ravi Shankar,
    Intérprete e compositor de música clássica indiana


    "A Autobiografia de um Iogue de Paramahansa Yogananda é o livro que eu mais queria ter escrito, pois então teria vivido todas as fantásticas experiências que ele descreve sobre sua infância e juventude na Índia do início do século passado. Quem não gostaria de ter conhecido pessoalmente santos e gurus autênticos?"

    — Andrew Weil, M.D.,
    Especialista e autor de Eight Weeks to Optimum Health



    "Para quem se interessa em aprender filosofia oriental e técnicas de meditação, (...) um livro que enriqueceu minha vida imensamente e que continua sendo o preferido de muitos milhares de pessoas [é] a Autobiografia de um Iogue. (...) Paramahansa Yogananda foi um escritor produtivo e um monge sumamente devocional; sua autobiografia é um dos livros mais cativantes que se pode adquirir atualmente."

    — Cate Tuttle,
    San Diego Union-Tribune

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